Quem assiste de longe talvez nem perceba, mas todas as participantes desta orquestra de câmara do Cairo, no Egito, são completamente cegas. Mesmo sem poder ver o regente ou ler as partituras, elas conseguiram se tornar um exemplo de superação.
Shaima, uma das violinistas da orquestra, conta que todas elas são cegas, mas que querem provar ao mundo que tem habilidades. Diz que se você se fixar apenas nas deficiências, não poderá enxergar o que elas são capazes de fazer.
Uma outra violinista, Basla Saad, mostra a dinâmica diferente desta orquestra. Primeiramente ela lê a música em braile, até decorar toda a peça, um trabalho árduo, mas que ela conta ser muito gratificante. Diz que quando toca, se sente como uma rainha.
Entra em cena a única pessoa que enxerga por aqui, o maestro. Mas como se comunicar com músicos que não ver os tradicionais gestos de um regente? Ali Osman, literalmente batuca o tempo. Quando é necessário tocar mais alto, ele bate mais forte, e assim passa as instruções aos músicos.
No entanto, no momento da apresentação, toda a peça deve ser memorizada, e dai tudo o que ele tem a fazer nos dias de concerto, é realizar a contagem regressiva e indicar o início.
Assim é a rotina desta orquestra, que tem se apresentado e inspirado a várias pessoas de diversos países.
Fonte: BBC Brasil
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